Turma do primeiro semestre- Relações Públicas UNITAU 2017

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

O RRPP para uma instituição de ensino: qual o propósito?

A relações públicas, Edwiges Moraes, se formou na turma de 2005 na Universidade de Taubaté (UNITAU), ela diz que o diferencial de sua carreira foi entrar na universidade com 41 anos, o que a destacava dos colegas que eram bem mais novos, mas sem causar dificuldades de relacionamento com eles. Desde 2006, ela trabalha como assessora para a própria instituição na qual se formou, então Edwiges contará, na entrevista abaixo, um pouco sobre como atua nessa área e, assim, mostrará a importância do profissional de relações públicas para o setor educacional. 





“Os sonhos que podemos sonhar são aqueles que teremos alguma possibilidade de realização e corramos muito atrás dele”






BLOG RP UNITAU – Por que você escolheu relações públicas? Conte um pouco sobre a sua trajetória profissional.
Edwiges Moraes – Não sei se posso chamar de escolha, acho que foram as experiências vividas ao longo do tempo que me conduziram. Sentia necessidade de entender mais o que as pessoas queriam, como construir um relacionamento que fosse duradouro para que o meu trabalho produzisse frutos que permanecessem.

BLOG – Hoje em dia você atua dentro de uma instituição de ensino. Há diferenças específicas nesse mercado?
E.M. – O Profissional de RP é tão importante para uma universidade pública quanto é para a iniciativa privada, pois também oferecemos um produto ao nosso cliente, o alunado. Portanto, trabalhar com educação também requer uma boa comunicação e a criação de um ambiente favorável ao aprendizado. Outro ponto importante é proporcionar um clima em que os funcionários se sintam naturalmente envolvidos e alinhados com os objetivos da Instituição.  O propósito é o mesmo: administrar e promover os relacionamentos, tanto internos quanto externos, utilizando estratégias e planos de comunicação.

BLOG – Quais os desafios? E as atividades mais prazerosas desse setor?
E.M. – Os desafios são grandes, pois como instituição pública não temos liberdade para executar muitas coisas que gostaríamos, existe a burocracia, não podemos comprar certos itens, isso nos deixa um pouco presos. Mas aí entra um fator muito importante que é o exercício da criatividade e a busca por patrocínio e parcerias, o que é enriquecedor. As atividades mais prazerosas e marcantes são aquelas em que fazemos do nosso servidor o protagonista de sua história aqui na Universidade, por exemplo, quando proporcionamos uma sessão de homenagens.

BLOG – Fale as habilidades de um bom RP? Há alguma específica para o setor educacional?
E.M. – Existem habilidades técnicas que é a aplicação dos conhecimentos apreendidos nos tempos da faculdade e outros que vamos buscando para não ficar desatualizados, como exemplo posso citar as novas ferramentas do mundo virtual.  Outro dom que precisamos exercitar constantemente é a capacidade de trabalhar em equipe, o relacionamento interpessoal, a comunicação, a liderança, as múltiplas personalidades e acompanhamento dos estagiários, a convivência com o pessoal das outras áreas da comunicação. Por fim, considerar que precisamos tem um olhar para fora e outro para dentro da Instituição para enxergar as necessidades vindas destes dois ambientes.

BLOG – Por que a UNITAU criou uma house (chamada ACOM)? Nela, as diferentes áreas da comunicação atuam (jornalismo, publicidade e propaganda, relações públicas, etc.), qual a importância dessa união?
E.M. – Somos todos formados em Comunicação Social, portanto uma sempre complementa a outra. Aqui na ACOM temos a oportunidade de ver e saber o que o pessoal das outras áreas estão fazendo e, também, dar a nossa contribuição, afinal é o RP que tem a formação mais generalista.

BLOG – No contexto mundial de constantes mudanças e avanços, você acredita que a tecnologia facilita as relações humanas? Nesse sentido, qual o futuro que você espera para a profissão?
E.M. – Na tecnologia somos convocados ao tribunal das mídias sociais: a dar explicações e fazer defesas dos ataques a que somos constantemente bombardeados. Mas ela facilita a comunicação, pois aproxima as pessoas, então não há como ficar fora desta realidade (ou virtualidade).

BLOG – Você daria alguma dica para quem está começando agora?
E.M. – Estude bastante, é importante conhecer bem a área, pois o mercado não absorve tantos profissionais assim, portanto, é preciso ter um diferencial. O profissional deve ter ainda conhecimento em outras áreas como Economia, Administração, Empreendedorismo, Ciências Políticas e Sociais. A ética deve nortear toda a formação do futuro profissional de relações públicas.


Nathalia Querol - 2° semestre de Relações Públicas
*Foto: Leonardo Oliveira/ACOM

Um comentário:

  1. Ótima entrevista. É sempre bom ter a oportunidade de saber mais sobre o trabalho de uma profissional de destaque, ainda mais quando é uma ex aluna da Comunicação Social da Unitau.

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